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O único ponto definido até agora é o objetivo de reduzir o desmatamento da Amazônia em 80% até 2020. O Ministério do Meio Ambiente defende redução de 40% das emissões até 2020. Os ministérios da Ciência e Tecnologia e das Relações Exteriores – encarregado da negociação diplomática – têm ressalvas a compromissos mais ousados sem que haja contrapartida à altura por parte dos países desenvolvidos.
Na conferência, os 192 países membros da ONU terão que chegar a um consenso sobre o novo acordo global para complementar o Protocolo de Kyoto pós-2012. A negociação – que está travada – é para ampliar metas obrigatórias para os países ricos, incluir os Estados Unidos no regime de controle de emissões de gases estufa e definir compromissos mais efetivos para grandes emissores em desenvolvimento, como Brasil, China e Índia.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva descartou nesta terça-feira (6) que o Brasil adote uma meta de acabar definitivamente com o desmatamento no país. Ele disse que isso não poderia ser feito “nem que o Brasil fosse careca”.
As declarações foram feitas em Estocolmo (Suécia), ao fim da reunião de cúpula Brasil-União Europeia (UE), que teve a questão climática entre os destaques. A reunião ocorre a dois meses da conferência de Copenhague (Dinamarca), em que os países devem chegar a um acordo sobre o clima.
– Eu acho que nem que o Brasil fosse careca poderia assumir o desmatamento zero, porque sempre vai ter alguém que vai cortar alguma coisa.
Hoje, a organização ambientalista Greenpeace fez um protesto em Estocolmo, para exigir que o país adote um compromisso mais ambicioso para a destruição das florestas – a ideia é ter desmatamento zero até 2015.
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