sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Lixo um problema de saúde pública e meio ambiente



O aspecto degradante das lixeiras que todos conhecemos não é uma boa imagem ao qual gostamos de nos associar. No entanto o lixo que produzimos continua todos os anos a aumentar. O consumo desenfreado e falta de sistemas eficazes de separação, tratamento e reciclagem, aliada a uma baixa percentagem de lixos levados para a reciclagem faz com que, muito embora a maior parte das lixeiras a céu aberto tenham sido esgotadas, os custos com o tratamento do lixo não parem de aumentar e continuem a haver problemas ambientais associados à produção de lixo.

Algumas dicas valiosas:

Nunca jogar óleos ou outras gorduras no ralo da cozinha e canalizações. Além de gerar entupimentos estas substâncias não se diluem na água e são de difícil tratamento na central, pelo que são poluentes de grande persistência. Reunir os óleos e azeites usados (das frituras, latas de atum, etc.) em garrafas de plástico, fechá-las bem. Encaminhá-las para locais que recolhem esses materiais, hoje no Brasil existem vários.


- Os óleos usados de viaturas (automóveis, cortadores , motoserras, empilhadoras, etc.) são também extremamente poluentes se lançados diretamente na água ou no solo (a sua queima também é altamente tóxica). A atitude mais correta quando da mudança de óleo será entregá-lo a um coletor autorizado (normalmente a própria oficina onde se realizou a mudança de óleo, mas convém perguntar primeiro se possuem licença específica passada pela Direção Geral de Energia). Atualmente os óleos usados são recicláveis, evitando impactos muito sérios e poupando em cerca de 98% o recurso ao petróleo bruto (para produzir os óleos em causa).


- Levar sacos de plástico usados para as compras ou sacolas retornáveis. A quantidade de sacos de plástico distribuídos diariamente nas lojas, supermercados e hipermercados é monumental. O plástico não é um material biodegradável, consome recursos não-renováveis (petróleo) e é potencialmente tóxico na queima. Por outro lado os sacos de plásticos são duráveis e podem ser reutilizados quase infinitamente.


- Preferir sempre embalagens de papel e de vidro às de plástico. O papel e o vidro são materiais mais facilmente recicláveis que o plástico, consumindo nesse processo menos energia.


- Reutilizar, sempre que possível, as embalagens. Milhões de embalagens são diariamente consideradas lixo quando ainda poderão servir outras utilidades. Sentido prático e capacidade inventiva ajudarão a encontrar bons usos para embalagens vazias.


- Não jogar medicamentos fora de prazo no lixo (ou, no caso de líquidos, pela canalização). Muitos medicamentos contém substâncias de grande potencial poluente. Levar os medicamentos nestas condições para a farmácia mais próxima, encarregando-se esta de eliminar devidamente os mesmos.


- Respeitar escrupulosamente os tipos de materiais e objetos descritos nos eco-pontos. Os processos de reciclagem estão montados de certa forma e, a título de exemplo, nem todos os plásticos são atualmente reciclados. Colocar produtos erradamente no recipiente conduzirá ao trabalho extra na separação desses produtos, acrescentando o custo do processo e diminuindo a eficácia do mesmo.


- Não usar detergentes com elevada percentagem em fosfatos (provocam o crescimento anormal de algas, cuja decomposição pode matar quase toda a vida existente num rio ou lago). A percentagem máxima de fosfatos regulamentada na CEE é de 0.5%. Certificar que o detergente em causa cumpre o regulamento. Prefira sabão feito em casa feito com óleo reciclado.


- Moderar o uso do papel de cozinha, a geração de lixo reduz-se substancialmente se usar panos de pratos. Além disto o papel é branqueado usando produtos tóxicos (dioxinas) altamente persistentes.


- Evitar, sempre que possível, o uso de objetos descartáveis como lenços, fraldas descartáveis, copos de plástico, etc.

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