quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Chuva X lixo nas ruas


As enchentes varrem as cidades causando mortes e prejuízo. Um dos motivos é o despejo de lixo e entulho nas ruas e locais impróprios que acabam entupindo as galerias impedindo a água de escoar para seu curso natural.




sábado, 27 de novembro de 2010

Terra, o planeta consumido.




Provocamos várias calamidades ao longo da nossa existência, mas sempre houve fenômenos limitados. Os mamutes foram extintos há 11 mil anos também por causa do homem. E esse é só um dos danos ao ecossistema. Com o caos climático produzido pelo uso dos combustíveis fósseis, tudo muda: a ameaça se torna global.

A reportagem é de Antonio Cianciullo, publicada no jornal La Repubblica, 09-11-2010. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

O mamute, o tigre dente de sabre, o uro [touro selvagem], o leão das cavernas: todos desaparecidos há 11 milênios em coincidência com a afirmação, em um mundo que estava mudando de clima, de um formidável predador, o homem. É esse o núcleo ao redor de uma das mostras em cena, entre os dias 12 a 28 de novembro, na Città della Scienza de Nápoles.

Mas podemos realmente atribuir à espécie humana responsabilidades tão antigas na distorção dos ecossistemas? Ou a capacidade de competir com a natureza no desenho dos limites dos habitats e do equilíbrio do planeta deve se limitar ao período pós-revolução industrial, concretizando-se plenamente no século XX?

“É preciso distinguir entre os desastre que se limitaram no tempo e no espaço e um desequilíbrio profundo que ameaça o conjunto dos ecossistemas”, responde Mario Tozzi, divulgador científico, apresentador de TV e autor de vários livros, dentre os quais um sobre as catástrofes.

“Os seres humanos provocaram várias calamidades ao longo da sua existência: mas sempre foram fenômenos limitados. Talvez causaram a extinção de alguns grupos ou de algumas espécies, mas jamais comportaram um risco em nível planetário. Com o caos climático produzido pelo uso dos combustíveis fósseis, tudo muda: a ameaça se torna global”.

Em nível local, o pesadelo já se realizou. Em “Collasso” [Colapso], o biólogo Jared Diamond descreve, por exemplo, a catástrofe que atingiu a Ilha de Páscoa, submetida a um desequilíbrio crescente por causa do progressivo corte de florestas. O desmatamento foi causada pela construção de um enorme número de estátuas aos deuses, construídas inexplicavelmente de modo sempre mais grandiosos e imponente, mesmo que os recursos à disposição continuavam diminuindo. E Diamond se pergunta o que pensou o homem que estava cortando a última árvore de palma, tornando assim irreversível a degradação que, ao longo de poucos anos, levaria à extinção de todas as espécies arbóreas, à impossibilidade de construir canoas para a fuga e à morte de todos os habitantes: “Talvez gritava, como os modernos lenhadores: não árvores, mas postos de trabalho? Ou: a tecnologia resolverá todos os nossos problemas”.

As capacidades de adaptação do planeta permitiram durante muito tempo que se absorvesse o impacto desses episódios de desequilíbrio local, mas, defende o historiador John McNeill, ao longo do século XX, assistiu-se a um “golpe de Estado” biológico da espécie humana: a população se multiplicou por quatro, o consumo de energia por 16 e o de água por nove, obrigando 700 milhões de pessoas à sede e outras 24 milhões a se transformarem em refugiados climáticos.

A pressão nos ecossistemas assumiu, assim, uma dimensão planetária, e muitos biólogos consideram que essas foram as premissas para a sexta extinção de massa da história do planeta, a primeira criada por uma única espécie: o “homo sapiens”. Nas projeções do quarto relatório do IPCC, a força tarefa de cientistas da ONU que venceu o Nobel para a Paz e para as Pesquisas sobre o Clima, também se prevê o desaparecimento de uma em cada quatro espécies no caso de um aumento de temperatura de dois graus (e se poderia chegar a seis até o final do século).

“Por milhões de anos, a Terra conseguiu se autorregular, reduzindo ou eliminando as presenças que perturbavam o seu equilíbrio”, conclui Tozzi. “Agora, nós vencemos um tempo da partida, impondo uma situação desequilibrada, mas, se não corrigirmos a rota, corremos o risco de perder a partida”

sábado, 2 de outubro de 2010

As 10 cidades mais poluídas do Planeta


BH é a região metropolitana com maior concentração de poluentes no país


O nível do gás na capital é de 300 microgramas por metro cúbico, sendo que o padrão é de 160.



É o que diz o relatório de Indicadores de Desenvolvimento Sustentável, divulgado no ultimo dia 1º, pelo IBGE. Os níveis dos principais poluentes têm sido estáveis nas grandes cidades, com exceção do ozônio, cuja concentração máxima em 2008 foi maior em Belo Horizonte. O gás é gerado por reações entre compostos vindos da queima de combustíveis fósseis. Além de prejudicar o meio ambiente, ele causa problemas respiratórios.
Fonte: Amda


No dia 5 de agosto, alguns ciclistas da delegação norte-americana chegaram a Pequim usando máscaras para, segundo um deles, Michael Friedman, se protegerem da poluição. Se o ar é risco ao desempenho dos atletas, há controvérsias. É fato que a atmosfera inundada por monóxido de carbono impede a ligação do oxigênio com a hemoglobina presente nas hemácias; o que prejudica a nutrição do tecido muscular e, conseqüentemente, o desempenho dos esportistas. No entanto, o professor de fisiologia do exercício Alex Guazzi Rodrigues, da PUC Minas, assinala que é necessário tempo prolongado de exposição aos agentes tóxicos para a instalação de problemas respiratórios. “Em provas de 30, 40 segundos – como os 100 metros rasos do atletismo e os 50 metros livres da natação – o atleta nem respira.” Sem contar que são bem condicionados fisicamente. “Eles têm a caixa toráxica desenvolvida tanto para inspirar quanto para trocas gasosas”, avalia o cardiologista Evandro Guimarães Souza.

No entanto, se o assunto é o cotidiano do cidadão comum, respirar – ato inevitável a todo vivente – pode ser prejudicial à saúde, seja na China, nos Estados Unidos, ou no Brasil. Só em Pequim 3,32 milhões de veículos circulam queimando combustíveis fósseis. A Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que lá a concentração de poluentes no ar é quase cinco vezes mais alta que os níveis considerados seguros, devido à combinação de indústrias químicas, pesticidas e de siderurgia. Recentes estudos da Universidade da Califórnia demonstram que a China superou os Estados Unidos em emissões de gases provocadores do efeito estufa, revela o biólogo e mestre em administração Wagner Bitencourt Moraes. E conquistou o triste título de país que mais polui no mundo.

Mas não é à toa e nem sem conseqüências. “A China, assim como a Rússia e a Índia, polui porque está movendo sua economia. Busca a inclusão de suas populações, retirando-a da pobreza ao dar acesso a bens e produtos que propiciam conforto e capacidade de sobrevivência. São nações que precisam de ajuda para desenvolver produção mais limpa, o que depende da transferência de tecnologia por parte de países ricos e desenvolvidos”, adverte Moraes.

Por falar em desenvolvimento, o estilo de vida americano – baseado no consumo e descarte para induzir a mais consumo – gera cerca de seis vezes mais emissões de gases causadores do aquecimento global. Placar catastrófico.

E a conta a ser paga é alta. Altíssima. No caso da China, o custo para a saúde pública gira na casa dos 29 bilhões de dólares anuais. Somem-se aí problemas respiratórios como asma, bronquite, diversos tipos de câncer e defeitos genéticos que resultam em deficiências mentais e doenças sangüíneas. “O CO2 é altamente deletério para o sistema vascular e cerebral. Sua constante inspiração pode causar constrição arteriolar e, conseqüentemente, isquemia em órgãos de quem tenha predisposição para tal”, explica o cardiologista.

Não é porque o Brasil tem a maior bacia hidrográfica mundial – cerca de 3,9 milhões de km, e é considerado campeão de biodiversidade: de cada cinco espécies do planeta, uma está aqui – que estamos em céu de brigadeiro. Há muito há nuvens carregadas no horizonte. Entre 2000 e 2002 foram registrados em Guaíra (SP) três casos de nascimentos de bebês com anencefalia. A cidade, produtora de grãos, recebia descarte de um milhão de embalagens de agrotóxicos por ano. Na época, especialistas suspeitaram que tais embalagens estavam contaminando as águas. Há que lembrar Cubatão, na Baixada Santista, considerada na década de 80 pela organização ambientalista Blacksmith Institute um dos 35 lugares mais poluídos do planeta. Lá também foram registrados, de acordo com parâmetros da OMS, os maiores índices do mundo de anencefalia (dez casos em 3,4 mil partos). Hoje, as fontes poluidoras estão controladas e um plano de reflorestamento das encostas foi estabelecido.

No século XXI, desenvolvimento é a palavra de ordem e o automóvel um de seus símbolos. Na cidade de Belo Horizonte (MG), metade da frota veicular lança poluentes acima do limite permitido pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), revelou pesquisa coordenada pela Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam). Em São Paulo, a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) indica que 7,8 milhões de veículos motorizados circulam na região metropolitana, despejando no ar monóxido de carbono, óxido de nitrogênio, hidrocarbonetos, óxidos de enxofre e material particulado.

E dá-lhe mal-estar na população. Em especial, grupos mais sensíveis como idosos, crianças e portadores de doenças cardíacas e respiratórias: irritação dos olhos, pele e garganta, dor de cabeça, enjôo, bronquite, asma, câncer de pulmão. Como se fosse pouco, existe o incômodo causado pela fuligem. Fumaça escura, repulsiva e de mau cheiro, pode ocasionar acidentes de trânsito por causa da diminuição da visibilidade.

Para especialistas da organização Blacksmith, viver em centros urbanos com sérios problemas de poluição é como viver sentenciado de morte: se não for por envenenamento imediato, pode-se esperar o câncer, infecções pulmonares e problemas mentais.

AS 10 CIDADES MAIS POLUÍDAS DO PLANETA

:: Sumgayit (Azerbaijão)
:: Chernobyl (Ucrânia)
:: DzerZhinsk (Rússia)
:: Kabwe (Zâmbia)
:: La Oroya (Peru)
:: Linfen (China)
:: Norilsk (Rússia)
:: Sukinda (Índia)
:: Tianying (China)
:: Vapi (ÍNDIA)

Problemas decorrentes da baixa umidade do ar e alta concentração de poluentes

:: Ressecamento das mucosas, provocando sangramento pelo nariz, ressecamento da pele e irritação dos olhos.

:: Quando a umidade relativa do ar estiver entre 20 e 30% é melhor evitar exercícios físicos ao ar livre entre 11 e 15h. Umidificar o ambiente com vaporizadores, toalhas molhadas, recipientes com água.

:: Se a umidade estiver entre 20 e 12%, é recomendável suspender exercícios físicos e trabalhos ao ar livre entre 10 e 16 horas; evitar aglomerações em ambientes fechados e seguir as indicações acima.

:: Com umidade abaixo de 12% é preciso interromper qualquer atividade ao ar livre entre 10 e 16 horas; determinar a suspensão de atividades que exijam aglomerações de pessoas em recintos fechados; manter úmidos os ambientes internos, principalmente quartos de crianças, hospitais.

:: Usar colírio de soro fisiológico ou água boricada para os olhos e narinas e beber muita água.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

A História da Água Engarrafada

Documentário que retrata a verdadeira história da água engarrafada.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

sábado, 21 de agosto de 2010

The Cove

O documentário tenta desmascarar o governo Japonês, que encobre a mortandade de 23 MIL GOLFINHOS todos os anos.

"
The Cove" ganhou o Oscar em sua categoria este ano, mas o protesto de seu diretor, Richard O´Balley foi retirado do ar na noite da premiação.


Há inúmeros registros no Youtube, mas nunca se sabe quais estão ativos ou não, é o caso de pesquisar.
Mais informação também no
Wikipedia.


domingo, 15 de agosto de 2010

Serra do Espinhaço - Cordilheira Mineira


Meu lugar favorito. Motivo? Magnífica riqueza natural que essa cordilheira abriga e também pelos seus povoados simplesmente mineiros com gente simples e de vida mais simples ainda, confesso que o final de minha vida será nas minhas origens. Um pouquinho sobre essa natureza bela!




COMPLEXO SERRA DO ESPINHAÇO




O Espinhaço é caracterizado por um conjunto montanhoso constituído por blocos de surpreendentes dimensões que afloram em meio a um mosaico natural contendo duas das 25 áreas mais diversas e mais ameaçadas do planeta (Hotspots), o Cerrado e a Mata Atlântica. Há mais de um bilhão de anos em constante movimento, esse maciço rochoso de altiplanos extensos coroados por singulares campos rupestres revela em seu empilhamento estratigráfico antigas eras paleogeológicas. Tem cerca de 1.500 quilômetros de extensão com picos de até 2.017m onde se destaca a exuberância de suas cachoeiras, canyons, vales com rochedos escalvados sempre integrados à delicada trama de sua composição vegetacional .

Água

A Serra do Espinhaço foi indicada como área prioritária para a proteção de mananciais hídricos, sendo responsável pela organização atual da rede de drenagem de importantes bacias hidrográficas de Minas tais como a do São Francisco, Doce, Jequitinhonha, Mucuri entre outros.

Os campos rupestres

Os campos rupestres são associados a altitudes acima de 900 metros do nível do mar, em solos rasos, rochosos, pedregosos ou arenosos e representam uma paisagem única em todo o mundo. Essa vegetação característica da Serra do Espinhaço é formada por um rico mosaico de comunidades, sob forte controle do relevo local, natureza do substrato e microclima, mas para a qual o conhecimento é ainda incipiente devido à sua megadiversidade e complexidade. O campo rupestre é um ecossistema extremamente frágil e de baixa resiliência. Uma vez rompido o delicado elo desta vegetação com o ambiente , parece haver poucas chances de ocorrer uma regeneração espontânea.

Diversidade

Do total de 538 espécies de plantas ameaçadas em Minas Gerais, 81 espécies estão na Mata Atlântica, 19 na Caatinga, 73 no Cerrado e 67%, ou seja 351 espécies, ocorrem nos campos rupestres. Mais da metade das espécies de plantas ameaçadas de extinção em Minas Gerais está no Espinhaço, além de um número significativo de espécies da fauna ameaçada.

Endemismo

Na cadeia do Espinhaço, particularmente na Serra do Cipó encontra-se o maior número de espécies endêmicas (ocorrem somente numa determinada região do mundo) da flora brasileira e um notável endemismo também da fauna, especialmente daquela associada às plantas (borboletas, abelhas, beija-flores etc.) e aos ambientes aquáticos (anfíbios e insetos aquáticos).

Pesquisa

As características biológicas e geomorfológicas do maciço do Espinhaço oferecem condições excepcionais para o desenvolvimento de pesquisas científicas em diversas áreas. São especialmente importantes aquelas que visem estudar o fluxo gênico para subsidiar a implantação de um corredor ecológico, estudos de bioindicadores de qualidade do ar e da água e estruturação de bases para o monitoramento das possíveis alterações climáticas provocadas pela emissão dos gases estufa.

Significado cultural
A área proposta como Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço resguarda diversas e importantes expressões da cultura do nosso País. Berço da colonização do nosso Estado, esta região abriga três cidades - Diamantina, Congonhas e Ouro Preto - classificadas como Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO e uma série de outros ricos conteúdos da arte e tradição que formam um verdadeiro caleidoscópio cultural. As raízes africanas, européias e indígenas se mesclaram, cada qual a seu modo, e deixaram suas crenças, sabores e manifestações nas práticas das comunidades locais.

Desenvolvimento econômico e humano

Considera-se importante o papel da agricultura familiar bem como o potencial etno-botânico desse valioso banco genético. Quando associados às estratégias e planos de manejo sustentável implicam numa dimensão social e ambiental diferenciadas, pressupondo novas alternativas econômicas.

A enorme beleza cênica da cadeia do Espinhaço com suas cachoeiras e campos floridos oferecem condições excepcionais para o desenvolvimento de projetos de ecoturismo podendo gerar demanda pelos produtos da agricultura familiar e da arte popular além de fomentar um grande número de iniciativas privadas voltadas para a prestação de serviços e infra-estrutura criando oportunidades e inclusão social.

Os valores históricos e etno-culturais se manifestam de forma expressiva através do artesanato (que utiliza matéria-prima natural como as sempre-vivas, madeira, pedra, couro, barro, palha, etc), literatura , música folclórica, danças e folguedos, plantas medicinais, festas religiosas, teatro e a arte comestível de doceiras e quituteiras.

Fonte: Biodiversitas.org.br